21 de junho – Dia de Luta por uma Educação não Sexista e Sem Discriminação!
Você já se perguntou o que é ser mulher e o que é ser homem?
Simone de Beauvoir escreveu no clássico feminista O Segundo Sexo: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”.
Essa referência feminista determina em seus livros sobre como nos construímos, desconstruindo o sexismo e todas as formas de opressão que estão naturalizadas na sociedade em que vivemos.
Uma Educação Não Sexista e Sem Discriminação se propõe a empreender ações que primem pela equidade concreta entre os gêneros e orienta-se pelo que dispõe a Resolução 34/180 da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), de 18 de dezembro de 1979, a qual pugna a favor das “mesmas condições de orientação profissional, de acesso aos estudos e de obtenção de diplomas nos estabelecimentos de ensino de todas as categorias”. A Resolução propõe também a “eliminação de qualquer concepção estereotipada dos papéis masculino e feminino em todos os níveis”.
Vivemos em uma sociedade que historicamente transforma as diferenças em desigualdades. E nós, profissionais da educação, também crescemos e fomos socializadas/os nesta mesma sociedade. Conscientes ou não, reproduzimos cotidianamente as hierarquias de gênero por meio das nossas práticas pedagógicas e institucionais, sejam elas mais ou menos explícitas.
Já parou para pensar, por exemplo, como os gestos, as falas, a linguagem, os julgamentos, os olhares, as atividades, a ocupação dos espaços, e o próprio currículo pedagógico transpassam valores sobre o que é socialmente considerado apropriado às meninas e aos meninos, e quais os seus respectivos lugares na sociedade?
Muitas vezes, esses padrões reproduzem discriminações contra as meninas e afetam diretamente o seu desenvolvimento integral e pleno potencial. Quando nos dedicamos à prática pedagógica, precisamos pensar: que tipo de pessoas queremos formar, e que tipo de sociedade queremos construir com essa formação? Isso envolve questionar as nossas práticas diárias, porque, afinal, o que se educa e como se educa pode reforçar ou desestabilizar as relações desiguais de poder em uma sociedade.
Algumas dicas importantes para começarmos a mudança:
Dessa forma acreditamos que é possível mudar a sociedade em que vivemos, onde as mulheres possam ser, amar e viver como quiserem. Donas de seus corpos, de sua história e de suas vidas.
A discussão sobre o enfrentamento ao sexismo contribui para a construção de uma sociedade democrática e inclusiva, vez que, ao discriminar pessoas em razão de gênero e/ou orientação sexual, acaba por se limitar a participação delas nas engrenagens da sociedade.
É importante termos como parâmetro a necessidade de implantação de novas ideias e valores que não reforcem ou mesmo naturalizem a concepção de um mundo masculino superior ao feminino; de ideias e valores que não limitem a capacidade e autonomia feminina, mas que, ao contrário, estabeleçam uma situação de igualdade de condições e de oportunidades para ambos os gêneros, respeitando as diferenças.
Fonte: Projeto Este Lugar também é Meu!/Núcleo de Estudos em Gênero e Sexualidade
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