Trabalho desenvolvido por estudante do IFMG - Campus Bambuí durante o estágio obrigatório gera importantes contribuições sobre inclusão digital
O estudante Gláucio Brandão de Matos realizou o seu estágio obrigatório na Coordenadoria de Gestão de Tecnologia da Informação (CGTI) do IFMG - Campus Bambuí como um dos poucos pré-requisitos restantes para obtenção do grau de Engenheiro da Computação. Durante os meses em que atuou junto à coordenadoria, Gláucio analisou os perfis de acessibilidade e usabilidade de diferentes sistemas utilizados por alunos e servidores do IFMG, como o site do campus, o SUAP e o MeuIFMG. Juntamente com o orientador de estágio, o professor Felipe Lopes de Melo Faria, o coordenador da CGTI, Saulo Henrique D’Carlos Barbosa, e os demais servidores da coordenadoria, foi desenvolvido um protocolo para realização dessa avaliação.
Gláucio, que já havia defendido o seu TCC com a temática inclusão digital, sob orientação do professor Gabriel da Silva, é deficiente visual e soma a expertise adquirida pela utilização de tecnologia assistiva, como leitores de tela, além de seu interesse pela acessibilidade digital, sua vontade e determinação em aprender. Gláucio utilizou os conhecimentos técnicos adquiridos durante o curso de graduação para verificar se as plataformas possuem design acessível, de acordo com padrões internacionais, interfaces intuitivas e compatibilidade para o uso de tecnologia assistiva.
Conforme o orientador do estágio, a demanda foi apresentada pela CGTI. Ele salienta “a importância da proposta do estágio não só para o aluno, mas para toda a comunidade acadêmica, no intuito de identificar o que já está adequado de acordo com as demandas de usabilidade e acessibilidade e aquilo que precisa se aperfeiçoar”. Gláucio revela que pôde perceber como pequenas barreiras podem ter impactos significativos para usuários com deficiência, desenvolvendo, assim, o pensamento crítico sobre a necessidade de planejamento da acessibilidade como um requisito essencial para o desenvolvimento de sistemas e plataformas digitais. É importante ressaltar que a utilização de ferramentas de acessibilidade gera impacto positivo não apenas para as pessoas com deficiência, mas para os usuários em geral, uma vez que cria mecanismos mais intuitivos para a utilização dos sistemas.
A troca de experiências entre o estudante e os servidores que o acompanharam no estágio foi muito rica, gerando conhecimentos técnicos e pessoais para os envolvidos. Gláucio revela que “essa vivência reforçou meu compromisso em seguir contribuindo para um mundo digital mais acessível, incentivando o desenvolvimento de sistemas que atendam às necessidades de todos os usuários. A acessibilidade não deve ser vista como um diferencial, mas como um princípio essencial no desenvolvimento tecnológico. Levo desse estágio não apenas aprendizado técnico, mas também uma nova perspectiva sobre o impacto social da computação”.
Os resultados da avaliação foram apresentados à Comissão Avaliadora do Estágio e aos servidores da CGTI, que estão utilizando as informações geradas para desenvolver estratégias para melhoria das plataformas e potencialização da discussão sobre a acessibilidade digital dentro do IFMG.
Fonte: NAPNEE
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